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Como garantir a correta conservação de vacinas?


A conservação de vacinas é um tema muito importante, uma vez que notícias recentes repercutiram em várias cidades e estados sobre a perda de doses de vacinas contra Covid no Brasil. As falhas nos processos, temperatura e distribuição têm ocasionado esses problemas.


Um dos erros mais comuns com relação à conservação de vacinas é com relação à cadeia de frio, também chamada de “cold chain” que envolve o teste de armazenagem, conservação, manuseio, distribuição até o transporte.


Os estudos são necessários para garantir a eficácia e estabilidade da temperatura da geladeira de vacina, principalmente nos deslocamentos.


Desperdício de vacinas

Grande parte das vacinas são produzidas, usando ativos biológicos que exigem uma temperatura entre 2° a 8º C, conhecidas como vacinas termolábeis e, por conta disso, não podem sofrer alterações de temperatura durante toda a rede de frio.


A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou que cerca de 50% das vacinas em todo o mundo são desperdiçadas, principalmente, em decorrência de problemas na temperatura. Porém, a Cadeia de Frio é algo que existem há muito tempo, uma vez que qualquer medicamento ou vacina transportada deve seguir rigorosas regras e protocolos.


É essencial garantir um controle de temperatura eficiente para fazer com que essas vacinas cheguem à população a tempo e com qualidade.

A perda de vacina pode ser derivada de vários problemas, como um transporte ineficiente, problemas com a geladeira ou freezer do posto de saúde, dentre outras falhas.


Por mais que o Brasil já tenha concluído inúmeros outros programas de imunização com sucesso, nunca antes isso havia sido exigido com tanta urgência como agora e isso certamente sobrecarregou a logística e o sistema de imunização como um todo.


Casos de vacinas em temperatura inadequada

Para se ter uma ideia houve novos casos de problemas na conservação de vacinas. O Ministério Público do RJ constatou irregularidades em São Gonçalo e Itaboraí que utilizaram geladeiras domésticas com temperaturas inadequadas, ao invés das câmaras de vacinas.


Além disso, nos pontos de vacinação foram encontradas caixas térmicas com termômetro ineficiente ou com temperatura inadequada para conservação de vacinas.

Já sabemos que, conforme o Manual da Rede de Frio divulgado pelo Ministério da Saúde, os refrigeradores de uso doméstico, projetados para a conservação de alimentos e produtos que não demandam precisão no ajuste da temperatura, não são mais indicados para o armazenamento e conservação dos imunobiológicos.


Pela resolução RDC 304/2019 ficou estabelecido que as vacinas, como medicamentos termolábeis, devem ser guardadas em equipamentos servidos com fonte de energia alternativa que garanta estabilidade da temperatura e a correta conservação de vacinas.

Lembrando também que não adianta congelar a vacina, pois o excesso de resfriamento também é prejudicial para sua estabilidade e eficácia.


Conservação de vacinas da Pfizer em temperatura mais alta (H2)

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou no final de fevereiro de 2021, o armazenamento e transporte de vacina desenvolvida pela Pfizer em temperatura de congelador padrão por até duas semanas, ao invés de instalações ultrafrias.


Isso ajuda a aliviar a carga de aquisição de equipamentos de armazenamento ultrabaixo e deve ajudar a levar vacinas a mais locais inacessíveis e com baixa infra-estrutura.

Anteriormente, as empresas pediram ao órgão regulador de saúde dos Estados Unidos que alterasse as exigências de temperatura para sua vacina contra Covid-19, permitindo potencialmente que fosse mantida em refrigeradores de farmácia.


Novos dados foram encaminhados à FDA, em apoio a uma proposta de atualização da bula de uso emergencial que permite que as ampolas de vacina sejam armazenadas entre -25 e -15 graus Celsius por até duas semanas, como alternativa ao armazenamento em congelador de temperatura ultrabaixa.


Em dezembro, a FDA concedeu autorização para uso de emergência da vacina da Pfizer/BioNTech armazenada em congelador ultrafrio, com temperaturas entre -80ºC e -60ºC.


Solução para conservação de vacinas dentro das normas da Anvisa

O IVigilant V, é um sistema de monitoramento de temperatura de vacinas que foi desenvolvido para controle das câmaras de vacina, hemoderivados, medicamentos de alto custo e produtos termos-sensíveis bem como estufas e incubadoras.


Tais equipamentos precisam ser monitorados 24 horas para que a temperatura não fuja dos parâmetros de temperatura exigidos pela ANVISA.


Com o monitoramento em tempo real, os hospitais podem garantir que seus ativos essenciais estejam no ambiente certo, evitando substituições dispendiosas e melhorando seus resultados.


Composto por um módulo microprocessado autônomo que monitora armazena e processa alarmes em tempo real, permite a configuração de regras de atuação e conexões, baixo consumo de energia 5 watts, opcional com bateria.

Com o monitoramento do ambiente de saúde com o IVigilant V, a equipe recebe alertas instantâneos quando as medidas são detectadas acima ou abaixo dos parâmetros definidos, para que possam tomar medidas imediatas para resolver o problema.


Realidade atual do Covid-19

O Brasil vêm enfrentando o crescimento considerável de casos e mortes por Covid-19 diariamente em praticamente todas as regiões e isso é reflexo do descuido da população quanto ao isolamento e distanciamento social, má gestão do governo federal, além da lentidão na imunização somado à circulação de novas variantes.

Como medicamentos imunobiológicos termossensíveis, as vacinas precisam de cuidados especiais no armazenamento para preservar sua potência e eficácia.

Para armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte de imunobiológicos, necessita-se de uma rede de frio ou cadeia de frio que assegure todas essas etapas em condições adequadas de refrigeração.


Artigo produzido por Biocam.

Fontes:

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